segunda-feira, 31 de dezembro de 2012


Sustentabilidade do dia a dia: rolha de cortiça
* Ecio Rodrigues
Cunhado durante a Conferência da Organização das Nações Unidas realizada no Rio de Janeiro em 1992, o conceito de Desenvolvimento Sustentável, até hoje, não foi inteiramente assimilado pela população.
Enquanto os empresários se apressaram em rotular de verde, ecológico e sustentável tudo o que produziam, na tentativa de não perder o bonde e as oportunidades de mercado, os ambientalistas, por seu turno, se esforçaram para atribuir ao conceito de sustentabilidade características inalcançáveis.
De maneira geral, para os ambientalistas, um produto sustentável tem que ter relação direta com a produção de pequena escala (quanto menor a escala, melhor) e o emprego de tecnologias rudimentares (quanto mais artesanal, melhor). Noções incompatíveis com uma demanda crescente e uma população mundial que vai beirar os 10 bilhões em 2020. Ah, sim, eles também acreditam que o mundo tem gente demais, por isso o controle de natalidade seria imperioso.
Todavia, sustentabilidade, ou desenvolvimento sustentável, diz respeito à capacidade de atender às demandas das gerações atuais sem comprometer a demanda das gerações futuras. Algo um tanto óbvio, mas de difícil tradução no dia a dia das empresas, famílias e governos.
A cada instante, são tomadas incontáveis decisões de consumo, que, embora tenham importância reduzida quando consideradas isoladamente, em conjunto podem levar o planeta para o rumo da sustentabilidade ou, por outro lado, para o agravamento da atual crise ecológica. Decisões simplórias, que podem ampliar o risco de ocorrência de tsunamis e tempestades violentas (como a recente Sandy, que devastou Nova Iorque) ou que podem trazer o tão esperado equilíbrio ecológico.
Decisões elementares de consumo, como escolher entre um vinho que foi engarrafado com uma rolha de cortiça e um vinho selado com rolha de plástico, seja gaseificado ou não.
A cortiça, uma matéria-prima de excelente poder de vedação e isolamento acústico, pode ser empregada em diversos produtos além da tradicional rolha, pelo que é mais conhecida. Na construção civil, em peças de decoração e utensílios domésticos, e até na poderosa indústria do automóvel, a cortiça tem utilidades sem fim.
A cortiça é produzida na Península Ibérica, no Sul da Itália e da França, e no Norte da África – regiões de influência do Mar Mediterrâneo, onde ocorrem os denominados Montados de Sobreiro. Os Montados são o resultado de um sistema de cultivo realizado há séculos, no qual as árvores de sobreiro (Quercus suber), que fornecem a cortiça, são consorciadas com outras espécies florestais e alguns animais domesticados.
A cada nove anos, em média, o produtor pode extrair do caule do sobreiro sua produção de cortiça – que é comercializada praticamente da mesma maneira que sai da árvore. Ou seja, todo o processo produtivo da cortiça é realizado sem a necessidade de aditivos químicos. Ademais, o manejo florestal do sobreiro para produção de cortiça é pouco complexo e não traz qualquer tipo de consequências para conservação da espécie.
Os portugueses são os maiores produtores mundiais de rolha de cortiça, atendendo a mais de 50% da demanda internacional. Eles têm se esforçado, numa campanha internacional, para convencer quanto às vantagens ambientais do emprego de rolhas de cortiça pela indústria do vinho – em relação às rolhas de plástico, cujo impacto dispensa comentários.
Cada vez que uma pessoa, no mundo, decide comprar um vinho em que a garrafa possui uma rolha de cortiça contribui para a sustentabilidade do planeta.
Muito simples, não? 

* Professor da Universidade Federal do Acre (Ufac), Engenheiro Florestal, Especialista em Manejo Florestal e Mestre em Economia e Política Florestal pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) e Doutor em Desenvolvimento Sustentável pela Universidade de Brasília (UnB).

terça-feira, 25 de dezembro de 2012


Sobre a pecuária na mata ciliar do rio Amazonas
* Ecio Rodrigues
Chama atenção o fato de que o diferencial que existe na paisagem das margens dos rios amazônicos diz respeito à intensidade com que a pecuária bovina de corte se estabeleceu numa ou noutra localidade. O que recorta a paisagem, para o observador que navega no rio, é o surgimento de trechos sem vegetação, ou melhor, sem floresta, mas com vegetação de pastagem (embora nem sempre se consiga ver os bois).
Para dar uma ordem de grandeza a essa diferença de paisagem, pode-se afirmar, com muita chance de acerto, que a pecuária ocupou a quase totalidade da mata ciliar do rio Acre, uma boa parte da mata ciliar do Purus e uma pequena área na mata ciliar do rio Amazonas (quando se observa o trecho entre as cidades de Itacoatiara e Urucurituba, por exemplo).
Encontrar as razões que justificam maior ou menor intensidade de ocupação pela pecuária na mata ciliar exige a realização de estudos mais acurados sobre a história econômica de cada um desses municípios, o que não é o caso.
Todavia, não há dúvida que duas variáveis são determinantes em relação a essa intensidade. E a primeira delas está vinculada à malha rodoviária existente na região.
Impressiona a amplitude do raio de influência de uma rodovia pavimentada. Seus efeitos transpõem os rios e igarapés e alcançam as áreas centrais da floresta. Há produtores que precisam levar a boiada por mais de oito horas de caminhada, até chegar à margem do rio e, daí em diante, embarcar os bois por mais um ou dois dias de navegação, para, aí sim, ter acesso à rodovia. Na estrada pavimentada, esse rebanho irá trafegar por mais de 10 horas, até chegar a um mercado consumidor mais promissor.
Difícil imaginar que haja alguma coerência econômica nessa prática, mas deve existir, pois o imperativo de mercado leva o produtor a achar que é mais vantajoso seguir o caminho da pecuária. A existência de uma rodovia pavimentada e que pode ser acessada pelos ribeirinhos, mesmo que esse acesso signifique um esforço exagerado e de economicidade questionável, promove a ocupação da pecuária na mata ciliar dos rios.
A segunda variável determinante para a presença da pecuária na mata ciliar é a proximidade de uma ou mais cidades de porte médio – com população superior a 200 mil habitantes e que conte com uma estrutura já consolidada de abate e comercialização de carne bovina. Ainda que essa estrutura se volte para o mercado varejista e não disponha de grandes frigoríficos e distribuidores para supermercados, o produtor consegue vender o boi a um preço que lhe parece atrativo, uma vez que os custos de produção são muito subestimados.   
No caso do rio Acre, essas duas varáveis (rodovia pavimentada e mercado consumidor próximo) são plenamente atendidas, e a influência delas deverá ser ainda mais sentida nos próximos anos, diante da pavimentação da BR 364 (que chegou até Cruzeiro do Sul no final de 2011).
Raciocínio semelhante pode se aplicar à realidade do rio Purus, onde tanto a rodovia quanto o mercado existem, embora em menor proporção que no caso do rio Acre. A promoção da pecuária naquela região conta com a importante contribuição do relevo e do solo do município de Boca do Acre, que apresenta condições propícias para a instalação dessa atividade. Por isso, o município possui o maior rebanho do estado do Amazonas.
Já no âmbito circunscrito ao rio Amazonas, a situação é diferente. Ocorre que não existe malha viária que ligue o estado a outras regiões do país. Embora a cabotagem fluvial seja intensa, a ausência de rodovia parece inibir, de alguma maneira, a atividade pecuária.
A íntima relação entre rodovia e pecuária na Amazônia é conhecida; a novidade é que essa relação alcança a mata ciliar, tornando o problema ainda mais grave. 
     
 * Professor da Universidade Federal do Acre (Ufac), Engenheiro Florestal, Especialista em Manejo Florestal e Mestre em Economia e Política Florestal pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) e Doutor em Desenvolvimento Sustentável pela Universidade de Brasília (UnB).

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012


Castanheira em pasto entra para lista de casos insolúveis
* Ecio Rodrigues
Existe, poucos sabem disso, uma lista de problemas que, no Brasil, preferimos não resolver por simples falta de atitude, bom senso, pragmatismo, objetividade e mais um rol de coisas que faltam e que alguns preferem chamar de falta de vontade política. A castanheira que sucumbe em áreas de pastagem na Amazônia é um desses problemas.
Ainda na década de 1980, no auge da era do desmatamento para ampliação da fronteira agropecuária (mais pecuária que agro), a derrubada da castanheira, uma árvore milenar, costumava deixar a sociedade mais apreensiva que a derrubada da própria floresta.
Acontece que a castanheira, além de seus predicados ecológicos que são muitos e impressionantes, tem um valor econômico e social igualmente impressionante.
A castanha-do-brasil, que tem no Acre um dos seus maiores produtores nacionais (embora o mercado chame o produto de “castanha-do-pará”) não possui concorrente direto. Todos os anos, quem produz castanha comercializa toda a produção por um bom preço. Poucos produtos florestais, nem mesmo a borracha, possui a estabilidade e o valor de mercado da castanha.
Sob o aspecto social, nem se fala. A castanha é um produto típico da pequena produção e, melhor ainda, duma pequena produção que se encontra dispersa no interior da floresta e que tem na castanha um dos motivos para permanecer ali, reduzindo as graves estatísticas de êxodo rural.
Estudos no campo da socioeconomia, realizados junto a populações florestais do Acre, dão conta que mais de 40% da renda dessas famílias provêm da coleta e da venda da castanha.
Todavia, essa argumentação, que é válida para a castanheira que se encontra em franca produção dentro da floresta, perde todo o significado quando a árvore se encontra isolada numa área de pasto porque não pode ser, pela normatização vigente, derrubada.
De que adianta a legislação não permitir a derrubada da árvore, se essa árvore vai morrer em pé – uma vez que a espécie não resiste ao isolamento no pasto e, obviamente, à nefasta prática da queimada?
Esse é um lado do entrevero. Se a norma tinha como alvo proteger a árvore, diante do desmatamento e da queima realizados para a instalação da pecuária, esse objetivo não é atingido, pois a árvore morre de qualquer jeito. E mesmo que a castanheira consiga resistir, o que acontece vez ou outra, sua função ecológica, econômica e social não resiste.
Em termos ecológicos, a espécie deixa de fazer parte de um ecossistema no qual mantém relações com a fauna e com outras espécies vegetais, já que a árvore fica isolada no meio do pasto, onde só há capim e boi, duas espécies que, definitivamente, não fazem parte do nicho ecológico da castanheira.
Deixa de ter relevância social, pois a castanheira no pasto, em 90% dos casos, pertence a um latifundiário que não tem qualquer relação com a pequena produção, muito menos extrativista.
Perde o significado econômico por duas razões. Primeiro, porque sua produção no pasto se torna descendente, ano após ano, até não ser mais produzido ouriço algum. E segundo, mais importante, o pecuarista não quer saber disso, ele é produtor de gado e não de castanha; ao contrário, ele demoniza essa espécie que só atrapalha a sua vida.
Para completar, a espécie possui um valor inestimável como produto madeira. Estima-se que mais de 40.000 casas poderiam ser construídas com a madeira das castanheiras que definham nos pastos.
Enquanto a vontade política se perde no interminável calendário eleitoral, a castanheira continua morrendo no pasto.
     
 * Professor da Universidade Federal do Acre (Ufac), Engenheiro Florestal, Especialista em Manejo Florestal e Mestre em Economia e Política Florestal pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) e Doutor em Desenvolvimento Sustentável pela Universidade de Brasília (UnB).

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012


Mais recursos para Unidades de Conservação da Amazônia
* Ecio Rodrigues
Embora os incrédulos advoguem que o mundo não mudou após a Rio 92 (Conferência da Organização das Nações Unidas, ONU, sobre meio ambiente e desenvolvimento ocorrida no Rio de Janeiro em 1992), os resultados obtidos mediante os acordos assinados pelos países demonstram o contrário.
Três convenções foram firmadas pelos mais de 190 países associados à ONU (ou seja, praticamente o mundo inteiro). A primeira delas, a Convenção da Agenda 21, tendo enfocado os grandes problemas que afligem as cidades, voltou-se para a universalização do saneamento, redução e reciclagem do lixo, e criação de florestas urbanas.
Hoje, o acesso ao saneamento é questão de absoluta prioridade, e em quase todas as cidades do mundo existem programas de consumo consciente e de destinação adequada do lixo. Da mesma forma, ampliaram-se consideravelmente as áreas verdes nos centros urbanos.
Em relação à Convenção sobre Mudança do Clima não foi diferente. Essa convenção originou o Protocolo de Kyoto, acordo que estipulou a redução das emissões de gases causadores do efeito estufa, adotando como parâmetro os níveis de emissão medidos em 1992.
No caso dessa convenção, o objetivo era claro, por mais que fosse de difícil alcance. Os países comprometiam-se a lançar menos fumaça no céu, diminuindo sua produção industrial e agrícola – totalmente baseada no emprego de matérias-primas intensivas em carbono. Hoje, a denominada “economia de baixo carbono” difunde-se mundo afora e poderá, em breve, sobrepor-se ao aproveitamento de jazidas (como a do petróleo, por exemplo).
A terceira e última convenção assinada pelos países foi a da Diversidade Biológica – CDB, como ficou conhecida. A CDB direcionou-se para a conservação das espécies animais e vegetais, bem como para a concepção de tecnologias apropriadas ao uso econômico e sustentável da biodiversidade presente nos ecossistemas.
O braço executivo das convenções é a denominada Conferência das Partes (COP), assembleia que se reúne regularmente e que conta com a participação de delegações oficiais dos respectivos países-membros. No âmbito da CDB, a 11ª Conferência das Partes (COP 11) encerrou-se em 19 de outubro último, na cidade de Hyderabad, na Índia, tendo apresentado resultados promissores para a conservação das espécies e o uso econômico da biodiversidade no planeta.
Os países ricos (exceto, como sempre, os Estados Unidos, que também não assinaram os acordos originados na COP 10) comprometeram-se a duplicar as suas doações, considerando-se a média dos valores doados entre 2006 e 2010, para fins de implantação do Plano Estratégico de Biodiversidade.
Por dobrar as doações entenda-se o aporte de mais de 3 bilhões de euros, destinados ao cumprimento, até 2020, das metas estabelecidas no plano. Trata-se de um resultado impressionante, sobretudo diante da crise econômica que ainda atinge a Europa – o que evidencia a disposição dos países em contornar os efeitos da crise ecológica mundial.
De concreto, esses recursos serão usados para o estabelecimento de espaços territoriais para a proteção dos ecossistemas em todo o mundo. Significa dizer que mais unidades de conservação deverão ser instituídas, em especial em ecossistemas como os da Amazônia, de forma a garantir-se a proteção de áreas cobertas por florestas.
No total, 192 países participaram da COP 11. O acordo assinado por essas nações inclui obrigações como diminuir a pressão da fronteira agropecuária sobre as florestas e promover instrumentos para a conquista da sustentabilidade. Melhor ainda, os países adotarão sistemas que possibilitem o uso econômico da biodiversidade e o pagamento por serviços ecossistêmicos.
O mundo mudou; quanto a isso, não há dúvida.
     
 * Professor da Universidade Federal do Acre (Ufac), Engenheiro Florestal, Especialista em Manejo Florestal e Mestre em Economia e Política Florestal pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) e Doutor em Desenvolvimento Sustentável pela Universidade de Brasília (UnB).

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012


 COP 18 pode ampliar Fundo Climático Verde
* Ecio Rodrigues
Festejando a menor taxa de desmatamento da história, desde que as medições foram iniciadas em 1988, o Brasil chega à COP 18 com autoridade para requerer maior empenho dos países desenvolvidos, no sentido de fazer com que o planeta caminhe rumo a uma economia de baixo carbono.
Divulgados pelo Instituto de Pesquisas Espaciais, Inpe, os dados sobre desmatamento são realmente animadores. Foram desmatados, no período entre agosto de 2011 e julho de 2012, cerca de 4,6 mil quilômetros quadrados, uma redução sensível frente aos 6,4 mil quilômetros quadrados do período anterior.
Pela primeira vez, o total anual desmatado na Amazônia brasileira foi inferior a 5 mil quilômetros quadrados, o que é significativo e serve de parâmetro para as futuras medições.
Essa redução do desmatamento está sendo considerada como uma das mais alvissareiras notícias para a mitigação da crise ecológica planetária. Ocorre que, segundo cálculos realizados pelo Inpe, essa redução significa uma queda de 76% na contribuição brasileira para o aquecimento global – algo, sem dúvida, expressivo.
         O desmatamento aumentou em três estados apenas. No Tocantins, ampliou em 33%; no Amazonas, 29%; e, pasme-se, no Acre, o desmatamento foi ampliado em 10%. É possível explicar as razões para a elevação ocorrida no Tocantins e no Amazonas; mas o aumento no Acre, onde as taxas eram inferiores nos últimos anos, está intrigando os técnicos do Inpe, que não entendem o que aconteceu no estado.
Juntamente com diplomatas chineses e de outros países em desenvolvimento, os diplomatas brasileiros apertam o cerco para que os países desenvolvidos cumpram sua parte na redução das emissões de carbono, com um aviso claro: o país conseguiu reduzir o desmatamento, mas isso tem um custo, que precisa e deve ser repartido entre todas as nações do mundo.
Eles alertam que, se não houver um plano concreto e detalhado para a implementação do Fundo Climático Verde – no qual as nações ricas prometeram depositar US$ 100 bilhões anuais, a serem aplicados em investimentos para mitigação dos efeitos econômicos gerados pelas reduções de carbono –, a COP 18 será um grande fracasso.
Significa dizer que, independentemente das negociações sobre a validade vencida do Protocolo de Quioto (que, ao que tudo indica, será substituído por um novo acordo a entrar em vigor a partir de 2020), o subsídio financeiro dos países que mais poluem para ajudar os países em desenvolvimento a poluírem menos precisa ser acertado de imediato.
Não há, por parte dos países desenvolvidos, restrições políticas para a estruturação do Fundo Climático Verde. O que emperra o avanço das negociações é a situação econômica da Europa. Em resumo, parece que as discussões caminham para o reconhecimento da importância do aporte de capital, adiando-se, todavia, a realização dos depósitos para um período pós-crise.
Condição difícil de aceitar, uma vez que os agentes financeiros têm alertado que não há previsão para o encerramento ou a superação da crise econômica vivenciada na Europa.
Por outro lado, as organizações da sociedade civil e os ambientalistas em geral conclamam os países a investirem no Fundo Climático Verde, sob a condição de que esses recursos, ao invés de serem aplicados para comprar veículos para controlar o desmatamento, por exemplo, sejam usados na geração de energia limpa, sobretudo solar, eólica e de biomassa florestal.
Recursos financeiros que, uma vez investidos, possam fazer com que a economia de baixo carbono se torne realidade.
                 
 * Professor da Universidade Federal do Acre (Ufac), Engenheiro Florestal, Especialista em Manejo Florestal e Mestre em Economia e Política Florestal pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) e Doutor em Desenvolvimento Sustentável pela Universidade de Brasília (UnB).
                  

Livro Ciliar Só Rio Acre

Livro Ciliar Só Rio Acre