segunda-feira, 21 de março de 2011

A relação entre as Mudanças Climáticas e o projeto Ciliar Só Rio Acre

Alana Chocorosqui Fernandes*

Os estudos e pesquisas envolvendo a temática Mudanças Climáticas têm crescido de maneira grandiosa nos últimos tempos. Muitas são as instituições de pesquisa que hoje trabalham com esse tema, e as conclusões observadas até agora, representam uma necessidade de mudança.
Em entrevista ao Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (INPA) o pesquisador Osvaldo Stella comenta sobre a relação entre mudança climática e chuvas (sua freqüência e intensidade). Relata que através de estudos já foi possível observar que com o passar do tempo, os fenômenos de chuva tem se tornado cada vez menos freqüentes, gerando seca e destruição quando ocorrem.
Em âmbito regional, temos em jornal de circulação acriana, publicado no dia 15 de março uma reportagem que apresenta o Rio Acre com o nível de água mais baixos dos últimos 30 anos em relação ao mês de março, fator que faz crescer a preocupação também em nossa cidade, onde ora se preocupa com alagações, ora com falta de abastecimento de água.
O problema das mudanças climáticas tem atingido discussões tão amplas que já se encontram em ambientes eclesiais. A igreja Católica, por exemplo, lançou neste mês a campanha da fraternidade 2011, sobre o tema Fraternidade e a Vida no Planeta, onde mostra que a preocupação não é somente dos estudiosos do clima, mais também de toda a sociedade. Esta preocupação da sociedade  e o  reconhecimento da estreita vinculação entre água e florestas, isto é, rios e mata ciliar, que motivou a ONU a decretar 2011 como: ANO INTERNACIONAL DAS FLORESTAS
Diante de tantas preocupações, o Projeto Ciliar Só Rio Acre, busca a estabilidade dos ecossistemas acrianos que margeiam o Rio Acre, através da recuperação de suas matas ciliares, possibilitando uma melhor qualidade das águas, recuperação da fauna, além do controle de eventos como erosão e assoreamento. A recuperação desta importante fonte de água do estado, também refletira na redução dos processos de seca e cheias do rio, regulando seu ritmo.
Desta forma se torna impossível a não sensibilização dos governos sobre a temática, sendo necessária a tomada de atitudes para a recuperação do meio ambiente, iniciando com a nossa parte, que é a recuperação deste curso d’água que corta 8 municípios acreanos e que representa, portanto importância para muitas famílias.


(*) Alana Chocorosqui Fernandes e acadêmica de Engenharia Florestal pela Universidade Federal do Acre e bolsista do projeto Ciliar Só Rio Acre.

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Livro Ciliar Só Rio Acre

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