segunda-feira, 4 de julho de 2011

Mata ciliar, para que te quero...

De fundamental importância, já não se contesta, do ponto de vista científico, suas funções, a ponto de mesmo com tantas mudanças no novo Código Florestal, o tocante as matas ciliares, chamadas comumente de Área de Preservação Permanente  ou somente APP para os íntimos, ter ser retirado do relatório do Deputado Aldo Rebelo a sua proposta de diminuição, absurda diga-se, da largura da mata ciliar.

Muito embora, infelizmente, ainda persistiu a partida do ponto de medição da largura, como sendo o ponto de menor volume de água do rio. O que é um grande e irreversível atraso.

 A largura da mata ciliar influencia diretamente na qualidade da água, não seria ousado em dizer que a mata ciliar é para os recursos hídricos o que os cílios e sobrancelhas são pra os olhos de tamanha importância a sua proteção contra agentes externos.

       Sendo assim, com maiores larguras de matas ciliares proporcionaríamos uma maior proteção ao recurso hídrico das ações externas que na maioria das vezes é de nasce do caráter antropico e é assimilado pela natureza, sem essa ter a chance de  reverter tal situação. É o que acontece com o desmatamento nas margens de rios e as chuvas, esta que por vez deposita grande quantidade de partículas sólidas na água por meio do escorrimento de água superficial, tornando a água do rio turva.         

Se a mata ciliar existe para conservar as águas, nada mais justo que seja valorizada e ampliada, pois água é vida e muito cara. E se, como dizem os estudiosos, a água será motivo de guerra no futuro, já devia bastar, pois, quem quer guerra? É tão fácil prevenir para num futuro próximo não remediar, o que custa?

Algumas cabeças de gado a mais, plantações que fazem parte de uma política errônea para Amazônia, custo esse que se pode sanar com medidas governamentais de reorganização territorial, afinal, economia por economia mata ciliar não é improdutiva basta ser inteligente e fazer seu uso racional.

Assim consolida-se a conservação ambiental e uma economia florestal, esta que se preocupa com o futuro das gerações. Assim garantimos a perpetuação dos recursos naturais, principalmente a água, que vive sobre constante apontamento de no futuro ser motivo de guerras, a nossos filhos, netos, bisnetos... Não custa muito, basta querer.

Mata ciliar, para que te quero... Quero-te para preservar e garantir o futuro da vida, a existência da água.    


Antonio Talysson S. Oliveira
Graduando em Eng. Florestal

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