sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

EXTENSÃO FLORESTAL PARA REVEGETALIZAÇÃO DA MATA CILIAR DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO ACRE

*Alana Chocorosqui Fernandes

Testar a eficiência de um Programa de Extensão Florestal voltado à conscientização de vereadores sobre a importância da restauração florestal do Rio Acre foi o objetivo principal dessa monografia. Com a obtenção de resultados como largura técnica da mata ciliar e lista de espécies de maior IVI - Mata Ciliar para cada município, iniciou-se a divulgação dos resultados através de um inédito Programa de Extensão Florestal, a fim de que os dados gerados pudessem ser utilizados como subsídio na elaboração de políticas públicas pelos parlamentares. Foram usadas as seguintes ferramentas de extensão: banner, folder, marca texto com endereço do blog e slogan do projeto, panfleto com largura da mata ciliar indicada para cada município, livreto com lista de espécies para a restauração florestal em cada município, proposta de Lei Municipal de Mata Ciliar e página eletrônica (blog) do projeto. Essas eram complementadas pela ferramenta mais importante, uma apresentação padrão do projeto, com 40 minutos de duração, em formato de slides apresentada em cada uma das Câmaras. Como resultados principais têm-se que dos oito municípios, apenas Assis Brasil citou estar trabalhando uma lei municipal sobre Mata Ciliar, da mesma forma que somente Rio Branco teve um parlamentar que fez Indicação sobre a proposta de lei, o que, porém, não foi confirmado nas Atas das sessões analisadas. Porto Acre, Senador Guiomar e Xapuri não citaram nenhuma característica avaliada. Brasiléia, Capixaba e Epitaciolândia citaram em suas atas sobre o abastecimento de água. Deste modo foi possível perceber que no período de avaliação definido na metodologia do projeto o Programa de Extensão Florestal não foi eficiente.

 Arnaldo de Melo, Prof. Luis Augusto, Alana Chocorosqui, Prof. Marco Amaro e Prof. Ecio Rodrigues (da esquerda para a direita) em apresentação de monografia sob o titulo Extensão Florestal para Revegetalização da Mata Ciliar do Rio Acre defendida por Alana Chocorosqui no dia 21/12/2011 - Resultado do Projeto Ciliar Só Rio Acre

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Projeto Ciliar Só Rio Acre ganha prêmio

Com a finalização do projeto Ciliar Só Rio Acre agora em dezembro de 2011, é possível olhar para traz e perceber o quanto foi produzido por essa equipe, em especial, sobre mata ciliar na Bacia do Rio Acre.
Com tecnologia inovadora e resultados desafiadores, como uma largura de mata ciliar superior a estabelecida pelo código florestal, o projeto se destaca, ganhando o Prêmio Professor Samuel Benchimol.
Criado em 2004, o referido prêmio e patrocinado por diversas instituições que através da entrega de prêmios, estimula o desenvolvimento de pesquisa e novas tecnologias na Amazônia.

 Família Benchimol convida Projeto Ciliar Só Rio Acre para café da manhã de inauguração de sua loja em Rio Branco.

Categoria ambiental

1o Colocado
Candidato: Ricardo Adaime da Silva
Instituição: Embrapa Amapá
Estado: AP
Titulo do projeto: Controle biológico da mosca-das-frutas na Amazônia

2o Colocado
Candidato: Marco Antônio Amaro
Instituição: Universidade Federal do Acre
Estado: AC
Titulo do projeto: Ciliar Só Rio Acre: Agricultura familiar na Bacia Hidrográfica do Rio Acre.

3o Colocado
Candidato: Danielle Cristina Bulhões Arruda
Instituição: Universidade Federal do Pará
Estado: PA
Titulo do projeto: Estudo do ciclo de vida de espécies de carangueijo na Região Nordeste Paraense, Brasil.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Lua Nova e Mercúrio em 27\11\11. 

Tempo já apresenta os anúncios do inverno amazonense com chuvueiro durante a noite que enche as caixas de água, mas, não enche o igarapé. Estrada encharcada. 

Pequis, castanhas, bacabas, patauás, andirobas, tucumãs e outras frutas caem nas matas. Nos quintais e agroflorestas se colhem carambolas, cupuaçus, bananas, abacaxis, mamão, jambo, e as últimas e deliciosas mangas. Manga rosa as melhores. Quem plantou está vendo crescer com chuvas e sol moderados. Milho, feijão, batatas, macaxeira, jerimum caboclo, jerimum de leite, jerimum japonês, havaiano, holandês e outras qualidades. 

Moradores aproveitam folga dos festivais para avançar organização. Seminário ganha o sábado em discussões sobre o novo Código Florestal brasileiro, apresentado por professores da Universidade Federal do Acre e promotora pública daquele estado. Fórum com mais de 50 pessoas entre jovens e adultos, agricultores, professores, estudantes, Associação de Moradores, Ida Cefluris, Cooperar, Coopermapiá, etc debateram exaustivamente os pontos críticos do documento. 

Sobrevivência com a floresta agrega dimensão espiritual presente nas matas. Reveladas nos hinos e sentida por todos faz parte da harmonia que alimenta toda a biodiversidade. Lembram-se do Pd. Sebastião quando afirma que a floresta é rica. De fora só precisamos o sal. Dinheiro não é a palavra que define sustentabilidade e sim todos os recursos de fauna, de flora, de ar, de cores, de seres divinos, de toda a harmonia revelada em muitos hinários “... Da floresta eu tenho tudo\tudo tudo Deus me dá...”.   

Carta do Mapiá reflete as conclusões aprovando as matas ciliares, 80 por cento de reserva legal, Agroflorestas em áreas degradadas, incentivos em projetos demonstrativos como de agroflorestas, de capacitações diversas com bolsa auxílio. Principalmente que o Poder Público assuma suas responsabilidades. 

Curso de Comunicação Para a Sustentabilidade prossegue com a presença da Ana Carolina, nossa irmã professora da Universidade Federal de Viçosa e membro do Instituto Socioambiental de Viçosa, com o trabalho de desenvolvimento e sensibilização. A terceira de uma série de seis que prevê uma primeira capacitação inspirada no design social da Rede Global de Ecovilas, com a formação de grupo que vai executar o Plano Diretor da Vila. O seguimento prevê ainda a realização do curso completo de Educação para o Desenho de Ecovilas e Comunidades Sustentáveis – Educação Gaia. Tarefa ainda do PDC e do plano de Manejo da Flona. Inclusão formal da Vila no Programa Gaia, ligado à Rede Global de Ecovilas, é bem recebida e nossa comunidade intencional e religiosa agora trabalha no levantamento de recursos para a realização do curso. O Educação Gaia, promovido pela Rede, trará modelo de formação nas dimensões social, ecológica, econômica e espiritual para formadores e multiplicadores com professores especializados na formação de ecovilas em diversos países e situações. Preparação do curso antevê grandes transformações. São os ventos da Nova Dimensão na educação e ampliação do Novo povo, Novo Tempo, Novo Professor. 

Sagitarianos ( e corintianos ) tem Mercúrio no entardecer e sua constelação ao fundo. É o planeta da comunicação trazendo muita felicidade a todos e aos nativos do período. Vinte e Sete tem dia de N S das Graças, Mesa Branca e bolo com luz na Geral. João Guerra e Maria da Paz são aniversariantes. 

Prosseguem trabalhos na Estrela da Mata. Visitantes apreciam a chegada do dia olhando a mata, ouvindo o canto dos passarinhos, cantando hinários, tomando o Santo Daime. Cinco horas da manhã Dona Regina convida todos para cantar animados referindo o grande benefício que as lembranças dos hinos nos trazem durante o dia nos tirando as fadigas , aumentando nossa disposição e alegria. Telma traz bolo e sorvete de jerimum para festejar seu aniversário. Feitio prossegue pelas madrugadas. Envolvimento dos jovens em todos os setores. Moças e mulheres participam na limpeza das folhas, organização das merendas.   

Concentração bem participada tem destaque da Mad. Nonata e Daime da Estrela da Mata. Final do trabalho galera que participou do feitio não faz conta da chuva e desce para a casinha onde a equipe feminina repartiu um bolo e refrigerantes e fazem animação aos feitores até às três da manhã. 

Domingo, dia de Santa Bárbara. Quatro horas da manhã se ouve o rufar do tambor por toda a mata. Gira de Iansã no espaço da Santa Casa. É o branco tomando conta do terreiro, a chegada dos caboclos, e a festa da Umbanda Branca. A gratidão à natureza. 

“Eparrê\ Iansâ do Canindé,\Iansâ do Canindé\ Iansã do Canindé....”. 

A Nave Espacial 

João Paz

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

A saída pela floresta
* Ecio Rodrigues

Movidos pela certeza de que somente no dia em que um hectare de floresta for mais valioso, em espécie, do que um hectare de capim, soja ou cana - somente nesse dia, a região amazônica encontrará uma saída para a sua ocupação produtiva, muitos técnicos e pesquisadores têm se empenhado em demonstrar o potencial da biodiversidade da Amazônia para gerar emprego e renda.
Grosso modo, é mais ou menos assim: a floresta é mais valiosa, estrategicamente falando – sobretudo, em termos de país e de mundo -, mas, para o produtor, não tem valor econômico, e por isso o desmatamento segue avançando. Reverter essa máxima exige duas estratégias: (a) ganhar tempo para que a floresta não seja extinta (e aí são necessárias investidas contra a pecuária e os desmatamentos); e (b) desenvolver tecnologias que possibilitem o uso da potencialidade do ecossistema florestal.
Dessa forma, o Manejo Florestal, que tem sido tema de muitas dissertações de mestrado e teses de doutorado, já se encontra, atualmente, bem avançado, em termos de concepção teórica (a despeito do fato de a floresta ainda valer menos que a pecuária).
Certamente que a coletividade já encara com mais discernimento a exploração de madeira realizada sob o manejo florestal, compreendendo melhor a importância dessa tecnologia. O problema é que a defesa da exploração de madeira como opção produtiva embute o enfrentamento de alguns tabus (digamos assim) - como tolerar-se o dobro, ou triplo de caminhões carregados com toras circulando pela cidade, entendendo-se que é o melhor para a floresta, para a economia, e, por conseguinte, para a própria sociedade. Trata-se, não há dúvida, de uma questão espinhosa, de discussão arriscada, que até o momento nenhum governo na Amazônia se dispôs a trazer a público.
O Manejo Florestal Comunitário, por outro lado, como envolve as populações tradicionais, menos favorecidas, costuma angariar mais simpatia social. Seria de se esperar, então – ante as dificuldades eleitorais que impedem o fomento da exploração empresarial -, que o manejo praticado pelas comunidades gozasse de maior estímulo.
Não é o que acontece, porém: a exploração comunitária também pouco progride. E uma das causas é a estrutura de licenciamento ambiental, que não diferencia a exploração realizada pelas comunidades daquela realizada de forma empresarial, exigindo de ambas um rol proibitivo de documentos - a maior parte, aliás, sem qualquer utilidade.
Sem embargo, é provável que no Acre sejam maiores as chances de se encontrar a saída pela floresta. Tendo se tornado referência na área, o estado pode oferecer respostas, no escopo de se consolidar uma economia de base florestal na Amazônia.
O prestígio do Manejo Florestal praticado em esfera local se evidencia diante da grande quantidade de Planos de Manejo certificados com o Selo Verde, emitido pelo Conselho Internacional de Manejo Florestal, o FSC. Guardando as devidas proporções, é possível que, entre os estados da Amazônia, o Acre possua a maior área certificada e o maior número de empreendimentos de manejo credenciados por essa importante instituição - que, no âmbito da certificação florestal, é a mais conceituada no mundo.
A habilitação atribuída pelo FSC, além de cara, é muito difícil de ser obtida. Para alcançá-la, o empreendimento se submete a um conjunto de exigências - mais rigorosas (e mais coerentes) que as regras para o licenciamento ambiental do Manejo Florestal. Por sinal, os produtores que possuem o selo do FSC reivindicam, com justa razão, que, por ocasião do licenciamento do Plano de Manejo, as empresas certificadas tenham direito a um tratamento diferenciado.
A criação de um selo estadual (questão que já teve um início de discussão em 1996, cujos resultados, inclusive, integraram Resolução do Conselho Estadual de Meio ambiente), sendo assim, significaria um avanço. Uma iniciativa nesse sentido seguramente incentivaria a certificação e aprimoraria a prática do Manejo Florestal.
De qualquer forma, o fato é que para se encontrar a saída pela floresta – a única capaz de justificar, perante o mundo, a ocupação produtiva da Amazônia – é necessário, acima de tudo, muita discussão pública, muita conversa com a sociedade.


* Professor da Universidade Federal do Acre (Ufac), Engenheiro Florestal, Especialista em Manejo Florestal e Mestre em Economia e Política Florestal pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) e Doutor em Desenvolvimento Sustentável pela Universidade de Brasília (UnB).

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

77 Novos destaques ao novo Código Florestal
Osminda Ribeiro Barros

Comissão de Meio Ambiente (CMA) aprovou nesta quarta-feira (23) o texto base do substitutivo de Jorge Viana (PT-AC) do projeto de reforma do Código Florestal (PLC 30/2011). O texto aprovado assegura a todas as propriedades rurais a manutenção de atividades em margens de rios consolidadas até 2008, sendo obrigatória, para rios de até dez metros de largura, a recomposição de faixas de vegetação de no mínimo 15 metros, a contar do leito regular. Isso representa a metade do exigido para APPs em margem de rio.
Essa nova emenda foi apresentada á CMA pelo Senador Luiz Henrique da Silveira (PMDB-SC), que trás entre as mudanças aquela que trata das regras de recomposição de áreas de preservação permanente (APP). O texto assegura as propriedades rurais à manutenção de atividades em margens de rios, consolidadas até 2008, sendo obrigatória para rios de até dez metros de largura, em uma faixa de no mínimo 15 metros e para nascentes uma faixa mínima de 30 metros.
 Questão assim nos mostra que a população ver e sente como esta critica a situação das matas ciliares de nossos rios, principalmente do Rio Acre.  E que tanto ações federais, estaduais e principalmente municipais sejam com base no código sejam mais restritivas o que com certeza seria melhor só trará benefícios ao nosso rio. Este Rio Acre que tem um fim eminente se não fizermos nada e logo é que nos abastece, alimenta, transporta e que trouxe a principio o desenvolvimento, ele não merece ser esquecido, pois as margens desse rio há populações inteiras de colonos e agricultores que dele necessitam para sobreviver. Sabemos que parte do que já foi desmatado nas margens do Rio Acre foi por conta dessas populações que utilizam as margens do rio para plantar, mas, sabe-se também que a consciência uma hora deve falar mais alto, assim e hora de conscientização de que desmatar margens de rio é como cavar a própria ”cova”. E hora de os municípios tratarem com mais atenção esse assunto que está tão presente e tão real na vida da população.
 Se há subsidio técnico, amparo legal e necessidade real por que não fazer?

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Recuperação do Rio Acre e prioridade para o governo

Alana Chocorosqui *

Os últimos dias tem sido de intensas atividades entre os senadores da bancada federal do Acre, isso porque estava sendo discutidas as emendas que comporão o Plano Plurianual (PPA) para o período de 2012 a 2015 em nosso estado.
No ultimo dia 15 foi divulgada na imprensa local, escrita e televisionada, as dez emendas que serão prioridades, entre elas, temos a Revegetalização da Bacia Hidrográfica do Rio Acre, com um orçamento por volta dos 60 milhões de reais.  A votação do relatório final está prevista para dezembro, sendo que sua aprovação pelo Congresso, também ocorrerá em dezembro, até o fim da sessão legislativa de 2011.
Com essas noticias, é possível perceber que a conscientização sobre a importância dos recursos hídricos para nossa população também chegou até nossos legisladores, sendo possível perceber o trabalho destes para a mudança do quadro de degradação de nossos rios.
Em fase de finalização, o projeto Ciliar Só Rio Acre já visitou as oito câmaras municipais dos oito municípios cortados pelo Rio Acre, apresentando a estes técnicas e informações adquiridas nestes últimos três anos, a fim de que cada município pudesse tomar a iniciativa de legislar de modo a proteger esses recursos hídricos. Os primeiros resultados já estão surgindo, e o rio começa a fazer parte dos projetos do Estado.
Sendo assim, desde já o projeto se dispõe a contribuir para essa discussão, a fim de que se possam obter os melhores resultados possíveis, afirmando que a associação da universidade, através de projetos como estes, ao poder público, gerarão benefícios científicos, técnicos e ambientais para todos os envolvidos que buscam através dessas ações a sustentabilidade.

*Alana Chocorosqui é pesquisadora júnior do projeto Ciliar Só Rio Acre e acadêmica do 100 período de Engenharia Florestal na Universidade Federal do Acre.

domingo, 30 de outubro de 2011

Bolsa verde chega à Mata Ciliar
* Ecio Rodrigues
Fazer com que o produtor que vive em área florestal na Amazônia se convença de que a melhor saída para ele é a exploração do imenso potencial da diversidade biológica existente na própria floresta, é algo muito difícil.
A resistência do produtor resulta do fato de que, na sua visão - como adverte o senso-comum -, desde o fim do mercado gomífero, no final da Segunda Guerra, que a produção florestal não tem mais valor econômico.
É provável, aliás, que o produtor refutasse aquele ponto de vista alegando, primeiro, que, fora a madeira, que realmente vale um bom (e fácil) dinheiro, tudo que os extensionistas dizem em relação aos produtos florestais (copaíba, orquídeas, taboca, cipós etc.) só tem valia para os pesquisadores; ele afirmaria ainda que, além da madeira, os produtos que existem na sua realidade seriam uma ou outra castanhazinha e o açaí - ambos já com fartas tentativas de cultivo, sem muitos resultados econômicos.
E possivelmente o produtor demonstraria seu ceticismo em relação à produção de madeira lembrando que os analistas ambientais do Ibama (ou de outro órgão ambiental) fazem uma confusão danada quando ele intenta derrubar uma árvore que seja; que é preciso um tal de Plano de Manejo - que para se conseguir é uma dificuldade enorme -, e mesmo assim, depois que se consegue, tem que se ter muito cuidado. E ele certamente concluiria explicando que, por tudo isso, resta-lhe como opção o desmatamento para plantio de pastagem e criação de gado.
Que o produtor está coberto de razão, não há dúvida. Seguramente, a agropecuária é mais fácil de introduzir, manter e legalizar, além de dar mais dinheiro. Só sendo muito conservacionista para optar pela atividade florestal.
E produtor que manifesta sensibilidade conservacionista (mesmo os seringueiros e as populações tradicionais) – da mesma forma que os produtos florestais alternativos à madeira -, só existe no plano das dissertações de mestrado.
O fato é que a produção florestal não consegue deslanchar. E não em razão de problemas de viabilidade econômica dos produtos, ou de algum tipo de impedimento tecnológico insuperável, ou, ainda, por falta de uma população que saiba manejar a floresta para extrair os produtos. A causa é, simplesmente, um contexto de incoerências diversas e variadas no âmbito das políticas públicas. O jeito, então, seria desmatar.
Todavia, desmatar também não é possível, e não por razões domésticas - pois já estamos até acostumados a isso -, mas devido a um corolário de acordos internacionais que o país não pode deixar de cumprir. A solução, dessa forma, passa pela remuneração dos serviços ambientais prestados pela floresta.
É quase como pagar para não se produzir nada, nenhum produto; mas, sim, em razão de um serviço prestado. Algo novo, e que promete reverter, de um modo que nem os ambientalistas mais otimistas imaginavam, a realidade produtiva da Amazônia. Quem arriscaria supor que, no início do século 21, a pecuária bovina poderia ser substituída pelos serviços que a floresta presta, ao garantir água e ar, por exemplo?
Pois o Programa Bolsa Verde, um projeto inusitado e muito bem vindo, instituído pelo governo federal, foi ainda mais longe: a ideia é pagar 100 reais por mês ao produtor que vive na floresta, para que mantenha o ecossistema florestal. Estima-se que quase 74 mil famílias de produtores rurais serão beneficiadas pelo programa até 2014.
É um número expressivo de produtores que vivem espalhados pelo interior da floresta, morando n’algum tipo de Unidade de Conservação, como uma Reserva Extrativista, por exemplo, ou, melhor ainda, na Mata Ciliar dos rios amazônicos.
A decisão de se incluir a população residente em Mata Ciliar como beneficiária do Bolsa Verde merece todo o apoio da sociedade. O aprimoramento do programa, a fim de se remunerar melhor o produtor que mantiver uma Mata Ciliar com largura maior do que a legal, é o caminho.
Finalmente, para os nossos rios, uma luz no final da ponte!

* Professor da Universidade Federal do Acre (Ufac), Engenheiro Florestal, Especialista em Manejo Florestal e Mestre em Economia e Política Florestal pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) e Doutor em Desenvolvimento Sustentável pela Universidade 

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Projeto Ciliar Só-Rio Acre encerra audiências nas Câmaras Municipais

Alana Chocorosqui Fernandes*

Desde o dia 16 de agosto que a equipe de projeto Ciliar Só-Rio Acre está realizando visitas às Câmaras dos oitos municípios que tem o Rio Acre como curso d’água em seu território, e hoje, no dia 25 de outubro, se finalizou essas apresentações na Câmara municipal de Rio Branco.
Através de requerimento proposto pelo Vereador Elias Campos, e da aprovação dos demais vereadores, o projeto realizou sua apresentação na manhã do dia 25, por volta das 10h. Mesmo com a falta de energia durante a apresentação, foi possível perceber o empenho e vontade politica destes legisladores.
Além da palestra realizada, a equipe do projeto distribuiu a lista das 20 espécies de maior valor de importância, o panfleto com a largura da mata ciliar, o marca texto com endereço do blog e a proposta de lei para definição da largura da mata ciliar e espécies indicadas para a revegetalização da mata ciliar de Rio Branco. Proposta essa que já ficou sob responsabilidade do Vereador Elias Campos, apesar de outros também terem mostrado interesse em assumi-la, como foi o caso do Vereador Rodrigo Pinto.
No final da apresentação, os vereadores mostraram interesse através de suas falas, em contribuir para essa ideia saia do papel e se torne uma ferramenta para a gestão deste importante curso d’água, através da elaboração e aprovação de uma lei. Tal assunto já era preocupação nessa casa, que durante o próximo mês está discutindo esses assunto em audiência publica.
Com a sensação de dever cumprido, o projeto agora se prepara para colher os resultados dessas visitas, acompanhando o desenvolvimento do tema nas oito câmaras municipais.
Uma Lei Municipal da Mata Ciliar deverá ser apresentada e discutida em cada Câmara. O monitoramento desse processo de discussão, que determinará a eficiência do Programa de Extensão Florestal, é objetivo de uma monografia de conclusão do curso de Engenharia Florestal da UFAC.
Espera-se que algo seja feito para amadurecer essa ideia e que a partir daí, possamos ter essa importante ferramenta de gestão para conservar a bacia do Rio Acre.


(*) Alana Chocorosqui Fernandes é bolsista do projeto Ciliar Só Rio Acre e acadêmica do 10o período do curso de Engenharia Florestal na Universidade Federal do Acre.

domingo, 23 de outubro de 2011

Ciliar Só-Rio Acre quantifica carbono na mata ciliar do Rio Acre

Encontram-se adiantadas em nível internacional as discussões acerca da remuneração de maciços florestais pelo serviço prestado no que diz respeito à regulação do clima, denominado de serviços ambientais e os conseqüentes créditos de carbono. No Acre, por sua vez, uma política pública fundamentada nos preceitos do desenvolvimento sustentável vem sendo discutida e consolidada, aos poucos diga-se, fazendo do Estado um dos pioneiros no país a instituir dois órgãos públicos para cuidar da política dos serviços ambientais.
O programa Bolsa Verde, instituído pelo governo federal, vai na direção de fomentar um mercado dos serviços ambientais providos pelas florestas. Com caráter ambiental, o programa visa, em primeira instância, a manutenção da biodiversidade existente em determinada porção florestal, por meio de pagamentos ao proprietário dessa área, para que este não venha a causar danos à floresta existente.      
O projeto Ciliar-Só Rio Acre, se antecipou a essas decisões de políticas públicas, na medida em que realizou seus trabalhos pensando nesse futuro cada vez mais próximo. Estudos que possibilitaram, por exemplo, a cubagem de árvores para a quantificação da tonelada de carbono retido pela floresta dentro da mata ciliar da bacia Rio Acre. Dessa maneira, quando a política demandar já estará disponível.
É evidente que existem contestações quanto a essa política que vem amadurecendo em nível mundial, mas, o Brasil como um dos poucos países do mundo que ainda possui extensas áreas florestais, sobretudo de florestas nativas. Deveria ser o primeiro a apoiar esse tipo de iniciativa. Ocorre que o país se sobressai, pois é um dos que receberia maior quantidade de capital estrangeiro, para a manutenção da biodiversidade. Todavia as criticas e os críticos ficam por conta do retrocesso do país para manter um desenvolvimento ancorado nos grandes poluidores.
Criticas essas que não convêm, pois o Brasil em sua legislação atual determina áreas que devem ser de preservação e conservação, ressaltando que não são pequenas áreas sendo essas que poderiam muito bem fazer parte dessa política ambiental.
Um cálculo desprezível não serve com base para nada, mas dá pra se ter uma noção de como esse mercado é promissor. Vejam bem, a bacia do Rio Acre em território acriano ocupa uma área de 27.263 km2, ou seja, 2.726.300 hectares, suponha-se que desse total, 800.000 hectares sejam de Área de Preservação Permanente (APP) e que o mercado estrangeiro está pagando 5 dólares por hectare e por ano, de floresta preservada, o que significa para Mata Ciliar do Rio Acre o equivalente a 4 milhões de dólares por ano. Um valor absurdamente superior ao que a criação de boi em mata ciliar poderá um dia pensar em obter.
Além do fato de que o produtor voltaria para legalidade. Afinal nada melhor que ganhar dinheiro para cumprir a lei, assim fica fácil.
O Ciliar Só-Rio, visa então, esse mercado futuro que no momento é a principal e talvez única alternativa econômica, baseada nos ideais de sustentabilidade, encontrada para mata ciliar que é protegida por lei federal, como APP, ou seja, área onde não se pode realizar atividade produtiva que comprometa a manutenção da floresta. Ora manter a vegetação e ganhar dinheiro com isso, mesmo que seja um valor pequeno como o do Bolsa Verde, vale a pena.


Antonio Talysson
Graduando em Eng. Florestal  

domingo, 16 de outubro de 2011

Câmara de Brasiléia discute o projeto Ciliar Só Rio Acre

Alana Chocorosqui Fernandes*

Na ultima terça-feira, dia 11 de outubro houve audiência com os vereadores do município de Brasiléia para apresentar os resultados obtidos nas pesquisas realizadas no âmbito do projeto Ciliar Só-Rio Acre. Um total de sete audiências foram realizadas em sete municípios visitados, faltando apenas a Câmara de Vereadores da capital Rio Branco receber o projeto.
Brasiléia é a cidade onde o Rio Acre faz fronteira com a Bolívia. A Mata Ciliar desse trecho do rio encontra-se bem degradada o que é agravado com o desmatamento realizado, igualmente, na margem boliviana, que possui legislação menos rígida sobre o tema.
Por volta das 9h iniciou a sessão em Brasiléia com a presença de sete dos oito vereadores eleitos. Estes após seguirem seus trabalhos iniciais, abriram espaço para a apresentação do projeto que foi acolhido por cada um.
Após apresentação, foi possível tirar duvidas e esclarecer melhor a ideia do projeto. O projeto ainda distribuiu material de divulgação composto de folder, marca texto, livreto com espécies e panfleto com a largura ideal da mata ciliar, além de um banner com informações especificas sobre o município, que foi disposto na sala de entrada da câmara.
Na continuação da sessão, os vereadores da casa lembraram ainda da importância do Rio Acre, assunto que eles declararam já ter como pauta, e se comprometeram a estudar a ideia, e sobre tudo a proposta de lei levada. Não podemos deixar de lembrar a participação popular na câmara, que esteve com lotação máxima em quase todo o dia.
A Câmara do município fica agora com a tarefa de discutir melhor o tema, buscar modos de juntar o conhecimento cientifico advindo da academia, através do curso de Engenharia Florestal da UFAC, com a política pública, através da elaboração da lei.

 (*) Alana Chocorosqui Fernandes é bolsista do projeto Ciliar Só Rio Acre e acadêmica do 10o período do curso de Engenharia Florestal na Universidade Federal do Acre.

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Bolsa Verde para mata ciliar

O caminho parece claro, devemos conservar e continuar ajudando os que se preocupam com a mata ciliar, por meio de projetos como o Ciliar Só-Rio Acre, que conseguiu produzir um acervo cientifico e prático para melhor adaptação das espécies para cada tipo de solo e a largura mínima da mata ciliar para nos oito municípios (Assis Brasil, Brasiléia, Epitaciolândia, Xapurí, Capixaba, Senador Guiomard, Rio Branco, Bujari e Porto Acre).
Todavia muitos moradores que vivem na mata ciliar, ribeirinhos e extrativistas, só são animados em dar continuidade a esse trabalho de conservação quando recebem recurso financeiro, muito embora a nossa água já é um grande presente da floresta para todos nós.
Tendo em vista a necessidade de motivação de muitos que necessitam de algo para contribuir com os cuidados nas áreas de preservação permanente e as vezes até cedidas pelo governo, surge uma equipe inovadora que quer algo mais com isso, não possuindo muitos recursos porém com muita boa vontade,  percorrem várias câmaras de vereadores e vários eventos para passarem a realidade do pontos críticos dos municípios estudados do Rio Acre.
Com isso, surge então a tão esperada Bolsa Verde, coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA), incentivando a conservação dos ecossistemas brasileiros e promovendo a cidadania dos moradores dessas áreas, com valores concretos de 100 reais por mês, para aproximadamente 19 mil famílias que moram em Unidades de Conservação Federais e que tenham o compromisso de preservar esses locais.
Além da Bolsa família acrescentam essa Bolsa Verde em nossos orçamentos cedida pela nossa presidenta Dilma Rousseff que contribui em muito com nosso projeto e com muitos que iram surgir. Fica então nossos agradecimentos para enfim ter um ambiente mais protegido.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Projeto Ciliar Só Rio Acre visita mais 2 municípios

Alana Chocorosqui Fernandes*

Como parte do projeto de extensão, mais dois municípios foram visitados para a apresentação dos resultados obtidos através do projeto Ciliar Só Rio Acre. Foi à vez de Epitaciolândia, com audiência realizada na Câmara Municipal  dia 29 de setembro e de Assis Brasil, com audiência no dia 30 de setembro.
Epitaciolândia é o município que apresenta os maiores índices de desmatamento da mata ciliar do Rio Acre, esta localizado no sudeste do estado do Acre com uma área de 1.659 km². O município limita-se ao norte com Xapuri, ao sul e a leste com a Bolívia e a oeste com Brasiléia.


Já em Assis Brasil, a conservação da mata ciliar é a melhor dos oito municípios banhados pelo Rio, talvez isso ocorra devido sua localização geográfica, já que a cidade situa-se a 345 km ao oeste da capital do Estado, à margem esquerda do Rio Acre.  Faz fronteira com o município de Brasiléia ao leste, ao sul têm fronteiras internacionais com o Peru e a Bolívia e ao oeste só com o Peru. Ao norte o Rio Iaco  separa Assis Brasil do território municipal de Sena Madureira. Ambos os municípios possuem fronteiras binacionais, sendo o Rio Acre esse divisor. 


É possível perceber, através das discussões estabelecidas em cada uma das câmaras, que a realidade hoje vista pela população e bem diferente da de anos atrás. Em Assis Brasil, por exemplo, os parlamentares se lembraram da fartura de peixe antes encontrada na região, bem como seu potencial hidroviário, que no ciclo da borracha transportava grandes embarcações desta para o comercio e hoje não permite na época da seca nem mesmo o transporte de pessoas em pequenas embarcações.
A presença da população na audiência em Epitaciolândia nos mostrou a preocupação destes com o meio ambiente já muitos vivem próximos do rio, é já puderam perceber as mudanças. Em Assis Brasil, a discussão foi ainda potencializada, pela presença do ICMBio, que também colaborou nas discussões, fortalecendo a importância da preservação das matas ciliares.
Agora o projeto espera que após a visualização da apresentação e de posse de folder, lista de espécies, largura da mata ciliar e da proposta de lei para mata ciliar elaborada pelo projeto, Epitaciolândia e Assis Brasil, através de seus vereadores, possam refletir sobre o tema e façam uso das informações recebidas para elaborar e apresentar uma lei do município para a mata ciliar. Assim esperamos mudar essa realidade hoje vivida e oferecer a essas populações um rio com qualidade de água e de pesca.

*Acadêmica de Engenharia Florestal pela Universidade Federal do Acre (UFAC) e bolsista do projeto.        

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Projeto Ciliar Só-Rio na fase da Extensão Florestal
* Ecio Rodrigues
É chegada a hora de levar a público o resultado de três anos de estudos realizados na mata ciliar dos oito municípios cortados pelo rio Acre em território estadual.
Na contramão da ideia de que o circuito acadêmico mantém sua atuação alheia à realidade que o cerca, o Projeto Ciliar Só-Rio Acre representa um esforço da Academia, em especial da UFAC e da Unesp, para a definição de coeficientes técnicos relacionados à bacia hidrográfica do Rio Acre.
Os indicadores científicos fornecidos pela pesquisa poderão embasar, em âmbito estadual e municipal, futuras atuações públicas no sentido de se reverter o atual quadro de degradação do rio, que coloca em risco o abastecimento urbano de água.
Contando com orçamento de 200.000 reais oriundos do CNPq, foi realizada uma série de estudos, com foco na compreensão da relação existente entre a mata ciliar e o equilíbrio hidrológico do rio, e cujos resultados – é sempre bom divulgar – estão disponíveis para consulta e cópia no blog mantido pelo projeto há mais de dez meses.
Os recursos possibilitaram, entre outros produtos, a elaboração de dois conjuntos de oito mapas que forneceram uma percepção clara do índice de desmatamento da marta ciliar nos oito municípios, indicando os trechos críticos que necessitam de recuperação em caráter emergencial.
Foi realizado ainda um vultoso Inventário Florestal, que abrangeu todo o perímetro da mata ciliar entre Porto Acre e Assis Brasil, e no qual foi efetuada a medição de mais de 10 mil árvores. O Inventário permitiu a definição de um coeficiente – a que se denominou Índice de Valor de Importância para Mata Ciliar (IVI-Mata Ciliar) -, que uma vez calculado, resulta na indicação das espécies florestais de maior importância para a mata ciliar dos municípios cortados pelo rio Acre.
Dessa forma, já é possível recomendarem-se as espécies que devem ser usadas numa futura restauração florestal dos trechos críticos de perturbação antrópica já mapeados. O aproveitamento de espécies que são endêmicas na própria mata ciliar atende ao previsto na Resolução 429/2011, do Conselho Nacional de Meio Ambiente - Conama.
Mediante os resultados do mapeamento via satélite e do Inventário Florestal, os pesquisadores se debruçaram no desenvolvimento de uma metodologia específica para a delimitação técnica da largura mínima que deve ter a mata ciliar em cada município, a fim de garantirem-se tanto a integridade do rio, quanto a qualidade do abastecimento de água.
A concepção dessa técnica, que pode ser aplicada em outras realidades na Amazônia, certamente se configura na mais importante inovação tecnológica obtida pelo projeto.
Com efeito, uma metodologia científica para a determinação da largura das matas ciliares na Amazônia é mais que oportuna, num momento em que o país assiste às discussões em torno da lamentável proposta de alteração do Código Florestal - a ser votada no Senado e já aprovada pela Câmara Federal -, que prevê a redução das matas ciliares a meros 15 metros de largura.
Conscientizar e convencer os vereadores dos respectivos municípios abrangidos pela pesquisa a adotarem as respostas trazidas pelo Ciliar Só-Rio Acre é o objetivo principal da derradeira fase do projeto. Após o encerramento, previsto para dezembro próximo, é a vez de um amplo programa de extensão florestal que se valerá das importantes informações obtidas.
Afinal, tudo terá sido em vão se o conhecimento obtido não for transformado em diretrizes municipais.
Com a palavra, então, os ilustres vereadores.


* Professor da Universidade Federal do Acre (Ufac), Engenheiro Florestal, Especialista em Manejo Florestal e Mestre em Economia e Política Florestal pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) e Doutor em Desenvolvimento Sustentável pela Universidade de Brasília (UnB).

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

O Projeto Ciliar Só-Rio Acre presenteará banners para Câmaras de Vereadores

Alana Chocorosqui Fernandes*

Primeiro município visitado.
Segundo município visitado pelo projeto
Após visitar três municípios localizados na bacia hidrográfica do Rio Acre, o projeto Ciliar Só Rio Acre voltará a cada um desses para a entrega de um banner que sintetiza as informações obtidas através das pesquisas do projeto. A idéia é que ao visualizar o banner pendurado na parede o parlamentar se lembre do importante papel desempenhado pela Câmara de Vereadores neste projeto, uma vez que é do parlamento que deverá sair a Lei Municipal da Mata Ciliar. O banner trará fotos da equipe, a lista das espécies florestais com maior IVI-Mata Ciliar, mapa com trecho critico e largura da mata ciliar adequada para cada  município. As próximas visitas da equipe levará também aos demais municípios ainda não visitados esse material. Agora e continuar as audiências e torcer para que cada Câmara de Vereadores possa pensar e trabalhar com esta ideia.

Município visitado no ultimo dia 14.


*Bolsista do projeto e acadêmica de Engenharia Florestal pela Universidade Federal do Acre 

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Projeto Ciliar Só Rio Acre e recebido em Capixaba

Alana Chocorosqui Fernandes*

Nesta quarta-feira, 14 de setembro, por volta das 10h da manhã, o projeto Ciliar Só Rio Acre chegou a mais um município. Desta vez foi Capixaba, que corresponde a uma área de 1713,412 Km² do estado do Acre, que recebeu na Câmara de Vereadores, a equipe de pesquisadores do projeto.
Desde janeiro de 2008 o projeto realizou um conjunto de pesquisas sobre a mata ciliar nos oito municípios cortados pelo Rio Acre. Hoje conta com uma importante experiência sendo, talvez, o projeto com maior acúmulo de dados sobre a mata ciliar do Rio Acre.
Para levar essas informações aos interessados, ou seja, os parlamentares das Câmaras de Vereadores das cidades foram elaborados uma variedade de materiais de Extensão Florestal composto por: cartilhas, folder, banner, livreto, apresentação em slaids, entre outros. Todos concebidos especificamente para cada um dos municípios. Através deste material, foi possível visualizar a triste realidade que se encontra nossa bacia hidrográfica, e como esses tomadores de decisão podem ajudar a minimizar esses impactos.
A Câmara do município fica agora com a tarefa de discutir melhor o tema, buscar modos de juntar o conhecimento cientifico advindo da academia, através do curso de Engenharia Florestal da UFAC, com a política pública, através da elaboração da lei.


 (*) Alana Chocorosqui Fernandes e bolsista do projeto e acadêmica do curso de Engenharia Florestal.

Livro Ciliar Só Rio Acre

Livro Ciliar Só Rio Acre