sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Lua Nova e Mercúrio em 27\11\11. 

Tempo já apresenta os anúncios do inverno amazonense com chuvueiro durante a noite que enche as caixas de água, mas, não enche o igarapé. Estrada encharcada. 

Pequis, castanhas, bacabas, patauás, andirobas, tucumãs e outras frutas caem nas matas. Nos quintais e agroflorestas se colhem carambolas, cupuaçus, bananas, abacaxis, mamão, jambo, e as últimas e deliciosas mangas. Manga rosa as melhores. Quem plantou está vendo crescer com chuvas e sol moderados. Milho, feijão, batatas, macaxeira, jerimum caboclo, jerimum de leite, jerimum japonês, havaiano, holandês e outras qualidades. 

Moradores aproveitam folga dos festivais para avançar organização. Seminário ganha o sábado em discussões sobre o novo Código Florestal brasileiro, apresentado por professores da Universidade Federal do Acre e promotora pública daquele estado. Fórum com mais de 50 pessoas entre jovens e adultos, agricultores, professores, estudantes, Associação de Moradores, Ida Cefluris, Cooperar, Coopermapiá, etc debateram exaustivamente os pontos críticos do documento. 

Sobrevivência com a floresta agrega dimensão espiritual presente nas matas. Reveladas nos hinos e sentida por todos faz parte da harmonia que alimenta toda a biodiversidade. Lembram-se do Pd. Sebastião quando afirma que a floresta é rica. De fora só precisamos o sal. Dinheiro não é a palavra que define sustentabilidade e sim todos os recursos de fauna, de flora, de ar, de cores, de seres divinos, de toda a harmonia revelada em muitos hinários “... Da floresta eu tenho tudo\tudo tudo Deus me dá...”.   

Carta do Mapiá reflete as conclusões aprovando as matas ciliares, 80 por cento de reserva legal, Agroflorestas em áreas degradadas, incentivos em projetos demonstrativos como de agroflorestas, de capacitações diversas com bolsa auxílio. Principalmente que o Poder Público assuma suas responsabilidades. 

Curso de Comunicação Para a Sustentabilidade prossegue com a presença da Ana Carolina, nossa irmã professora da Universidade Federal de Viçosa e membro do Instituto Socioambiental de Viçosa, com o trabalho de desenvolvimento e sensibilização. A terceira de uma série de seis que prevê uma primeira capacitação inspirada no design social da Rede Global de Ecovilas, com a formação de grupo que vai executar o Plano Diretor da Vila. O seguimento prevê ainda a realização do curso completo de Educação para o Desenho de Ecovilas e Comunidades Sustentáveis – Educação Gaia. Tarefa ainda do PDC e do plano de Manejo da Flona. Inclusão formal da Vila no Programa Gaia, ligado à Rede Global de Ecovilas, é bem recebida e nossa comunidade intencional e religiosa agora trabalha no levantamento de recursos para a realização do curso. O Educação Gaia, promovido pela Rede, trará modelo de formação nas dimensões social, ecológica, econômica e espiritual para formadores e multiplicadores com professores especializados na formação de ecovilas em diversos países e situações. Preparação do curso antevê grandes transformações. São os ventos da Nova Dimensão na educação e ampliação do Novo povo, Novo Tempo, Novo Professor. 

Sagitarianos ( e corintianos ) tem Mercúrio no entardecer e sua constelação ao fundo. É o planeta da comunicação trazendo muita felicidade a todos e aos nativos do período. Vinte e Sete tem dia de N S das Graças, Mesa Branca e bolo com luz na Geral. João Guerra e Maria da Paz são aniversariantes. 

Prosseguem trabalhos na Estrela da Mata. Visitantes apreciam a chegada do dia olhando a mata, ouvindo o canto dos passarinhos, cantando hinários, tomando o Santo Daime. Cinco horas da manhã Dona Regina convida todos para cantar animados referindo o grande benefício que as lembranças dos hinos nos trazem durante o dia nos tirando as fadigas , aumentando nossa disposição e alegria. Telma traz bolo e sorvete de jerimum para festejar seu aniversário. Feitio prossegue pelas madrugadas. Envolvimento dos jovens em todos os setores. Moças e mulheres participam na limpeza das folhas, organização das merendas.   

Concentração bem participada tem destaque da Mad. Nonata e Daime da Estrela da Mata. Final do trabalho galera que participou do feitio não faz conta da chuva e desce para a casinha onde a equipe feminina repartiu um bolo e refrigerantes e fazem animação aos feitores até às três da manhã. 

Domingo, dia de Santa Bárbara. Quatro horas da manhã se ouve o rufar do tambor por toda a mata. Gira de Iansã no espaço da Santa Casa. É o branco tomando conta do terreiro, a chegada dos caboclos, e a festa da Umbanda Branca. A gratidão à natureza. 

“Eparrê\ Iansâ do Canindé,\Iansâ do Canindé\ Iansã do Canindé....”. 

A Nave Espacial 

João Paz

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