segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Matéria de divulgação ampla sobre Projeto Igarapé Santa Rosa
Responsabilidade: Oscip Andiroba (www.andiroba.org.br)
Projeto de restauração do Igarapé Santa Rosa, em Xapuri, conclui Fase II
Ocorreu no dia 09 de outubro último, na sede do Ifac no Campus de Xapuri, reunião de avaliação de encerramento da Fase II do Projeto Igarapé Santa Rosa. Com a presença de representantes das instituições envolvidas na sua execução. foi possível discutir os avanços obtidos com relação a restauração do Igarapé Santa Rosa.  
Acontece que há mais de cinco anos um conjunto de instituições, que envolve a Prefeitura Municipal, o Fundo Mundial para Vida Silvestre, o WWF da sigla em inglês, a Oscip Andiroba, a Engenharia Florestal da Ufac, o Ifac de Xapurí, a Engenharia Civil da Unesp, a Secretaria Estadual de Meio Ambiente e a Associação dos Moradores do Bairro Bolívia, com recursos financeiros oriundos da Fundação Banco do Brasil realizam um conjunto variado de atividades no Igarapé Santa Rosa.
Detalhamento do percurso rural e urbano do igarapé Santa Rosa
Como se pode observar no mapa ao lado o Igarapé Santa Rosa é genuinamente xapuriense, com nascente e foz no território do município.
Em torno de 70% do trajeto do igarapé é percorrido em área considerada rural onde se encontram seis propriedades em que a criação de gado é a atividade geradora de renda mais importante. Outros 30% do percurso do igarapé acontece em área considerada urbana, com predominância de instalações residenciais e pouca, ou nenhuma, atividade comercial.
 Em ambos os casos a conservação do igarapé foi tratada com indiferença e despreocupação. 
A equipe de pesquisadores envolvida na execução do projeto, formada por profissionais em nível de mestrado e doutorado nas áreas de engenharia florestal e civil observaram de pronto que havia diferenciação significativa no impacto decorrente da ação entrópica em cada um dos trechos.
Para o pesquisador da Unesp, Jairo Salim Pinheiro de Lima, enquanto que na porção rural o igarapé foi degradado devido a substituição da mata ciliar por cultivo de capim, em área urbana o problema decorre do impacto na área de saneamento básico, com o despejo de esgoto sem tratamento.
 Com relação à porção urbana do igarapé a tecnologia cadastrada na Rede de Tecnologia Social, denominada de Fossa Seca ou Fossa Séptica é de simples aplicação, não exige dos trabalhadores habilidades complexas e, o mais importante, de baixo custo.
        
Mapa com residencias georreferenciadas participantes do projeto
Apoiado com recursos da Fundação Banco do Brasil, a Fase II do projeto possibilitou a instalação de 270 Fossas Sépticas, atendendo a 100% das residências localizadas no raio de influência do Igarapé Santa Rosa. Significa que a totalidade do esgoto residencial carreados para o rio Acre chegará ao Igarapé Santa Rosa após passar por um tratamento sanitário.
         A expectativa é de que no curtíssimo prazo a água que corre no igarapé apresente características visíveis, como cor e turbidez, de melhoria.
Moradora contemplada com fossa séptica em sua residência 
    A conclusão unânime de todos os participantes é que essa experiência não pode ser perdida em relatórios de execução que agradam as instituições, mas tem pouca serventia na vida das pessoas. Pelo contrário, a experiência do Igarapé Santa Rosa deve ser continuada. Após a trágica alagação de 2015, Xapurí parece dar sinais de que uma recuperação é possível. Só depende das pessoas.










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